Câncer de Ovário – Tem mais uma alternativa de Tratamento

Câncer de Ovário – Tem mais uma alternativa de Tratamento

O medicamento Avastin (bevacizumabe) tem parecer positivo para tratamento de mulheres com câncer de ovário recorrente, sensível à platina.

O câncer de ovário tem a maior taxa de mortalidade de todos os cânceres ginecológicos. Quase 230.000 novos casos são diagnosticados todos os anos em mulheres do mundo inteiro. Com poucos avanços em sua terapêutica na última década, agora o Comitê de Medicamentos para Uso Humano (CHMP) emitiu um parecer positivo sobre o uso de bevacizumabe (Avastin) combinado à quimioterapia (carboplatina e gencitabina) para tratamento de mulheres com câncer de ovário recorrente, sensível à platina.

Considera-se que as pacientes têm doença “sensível à platina” se o câncer de ovário retorna mais de seis meses após o término da última quimioterapia à base de platina. Em um estudo de fase III (OCEANS) em pacientes com doença sensível à platina, foi demonstrado que mulheres tratadas com a combinação de Avastin (bevacizumabe) e quimioterapia seguida de Avastin (bevacizumabe) isoladamente viveram significativamente mais tempo sem piora da doença (sobrevida livre de progressão), em comparação às que receberam apenas quimioterapia.

Avastin (bevacizumabe) é um anticorpo que inibe o VEGF, proporcionando controle contínuo do tumor. A inibição do VEGF pelo anticorpo  permite que ele atue de modo eficaz em combinação com diversos tipos de quimioterapia e outros tratamentos antineoplásicos, com impacto adicional limitado nos efeitos colaterais dessas terapias.

O CHMP apoiou o uso de Avastin (bevacizumabe) combinado com carboplatina e gencitabina para tratamento de pacientes adultas com câncer epitelial de ovário recorrente, câncer da tuba uterina ou peritoneal primário, sensível à platina. Os pacientes não poderiam ter sido tratados com bevacizumabe ou com outros inibidores de VEGF ou agentes direcionados para o receptor de VEGF. O medicamento foi administrado em combinação com quimioterapia à base de carboplatina e gencitabina por seis a dez ciclos, seguidos do uso contínuo de Avastin (bevacizumabe) como agente único até a progressão da doença. A dose recomendada é de 15mg/kg de peso corporal, uma vez cada três semanas, por infusão intravenosa.

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