Vacina contra o HPV começa a ser aplicada na Rede Pública em março

Vacina contra o HPV começa a ser aplicada na Rede Pública em março

A partir de 10 de março de 2014,  meninas entre 11 e 13 anos começam a receber a vacina contra o HPV na rede pública. A meta é vacinar 80% do público-alvo, formado por 5,2 milhões de adolescentes.

O vírus HPV é uma das principais causas do câncer do colo de útero, terceiro tipo mais frequente entre as mulheres.

Neste ano, o INCA estima o surgimento de 15 mil novos casos da doença no Brasil.

A vacina estará disponível nos 36 mil postos da rede pública durante todo o ano, como parte da rotina de imunização. O Ministério da Saúde, no entanto, está incentivando às secretarias estaduais e municipais de saúde que promovam, em parceria com as secretarias de educação, a vacinação em escolas públicas e privadas.

Ao anunciar a estratégia de vacinação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância da ação nas escolas. “A experiência mundial mostra que, quando combinamos vacinação com ambiente escolar, são alcançadas maiores coberturas”, ressaltou. O ministro aproveitou para fazer um apelo a entidades da sociedade civil e as igrejas para que ajudem no processo de conscientização, não apenas das meninas como também de seus pais sobre a importância de vacinação.

Para receber a dose, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação. Neste ano, será vacinado o primeiro grupo (11 a 13 anos).  Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos.

Para o primeiro ano de vacinação, o Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses. Será utilizada a vacina quadrivalente, recomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18). Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo. A vacina não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.

A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização.

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