Setembro Verde – Mês de conscientização ao combate do Câncer de Intestino

Setembro Verde – Mês de conscientização ao combate do Câncer de Intestino

O câncer é a segunda maior causa de morte no Brasil, com 190 mil óbitos por ano.

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 596 mil novos casos da doença para este ano. Destes, cerca de 35.000 casos serão somente de câncer de cólon e reto (intestino), cuja proporção será maior na região Sul (nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

A maior incidência do câncer de cólon e reto na região Sul ao estilo de vida dos moradores dessa região e também é uma região do Brasil em que é um predomínio de pessoas com excesso de peso e consideradas obesas. Como fator de risco para desenvolver esse câncer, além do aumento de peso, destacamos:  não praticar atividade física de forma regular, o hábito de fumar, ingesta de bebida alcoólica em excesso e consumo de carnes processadas (salsicha, presunto, linguiça, carne seca etc.).

O Dr. Pedro Schurmann esclarece que quase sempre, o câncer de cólon surge como um pólipo (lesão frequentemente benigna) que cresce na parede do intestino e que pode se tornar um câncer caso não seja diagnosticado e retirado a tempo. Retirando o pólipo, através da colonoscopia, podemos agir de forma precoce para prevenir o câncer.

Apesar de ser altamente curável, infelizmente no Brasil os índices de cura ainda não ultrapassam 50%, pois a maioria das pessoas são tratados em fase já avançada da doença.

Além de identificar precocemente, existem meios de se prevenir esse câncer.

Como prevenir o câncer colorretal?

A pergunta é muito interessante e muito frequente no consultório segundo o Dr. Pedro, porque quando se fala em prevenção de câncer, pensa-se em mudanças radicais, como corte total de um ou outro alimento. E não é por aí. O que deve ser reavaliado é nosso estilo de vida. Hoje, acabamos focando no trabalho e na busca de uma melhor qualidade financeira, porém esquecemos que, sem saúde, não conseguimos trabalhar.

A obesidade, o sedentarismo, a má qualidade da alimentação (pobre em fibras alimentares, rica em carne vermelha e alimentos processados), o alcoolismo e o tabagismo são os grandes vilões da vida moderna e, consequentemente, os precursores das doenças intestinais.

Mas o que devemos fazer com a dieta? A radicalidade nunca é recomendada. A alimentação tem que ser balanceada, com boa ingestão hídrica (água é fundamental) e de fibras alimentares (frutas, verduras, etc.), e com redução no consumo de carnes vermelhas processadas e alimentos industrializados com conservantes e adoçantes.

Associada à alimentação saudável, é recomendável evitar o sedentarismo. Pessoas com condições de realizar uma simples caminhada três vezes na semana possuem um bom início para mudança de hábitos. Já para as que são impossibilitadas de fazer atividades de impacto existem práticas aquáticas, como a hidroginástica, e outras que podem ser indicadas por um médico ou preparador físico.

Outro questionamento é relacionado aos exames: existe algum que detecte o câncer de intestino ou que previna o câncer? Como dissemos acima, o exame de rastreamento é a colonoscopia, na qual se detecta tanto a doença como os pólipos, que podem ser ressecados antes de se transformarem em tumores malignos, e esse exame é indicado pelo médico que faz a consulta clínica de rastreamento para pessoas acima de 45 anos.

Colocando em prática o conjunto dieta saudável + atividade física + visitas regulares ao médico especialista para consultas + indicação de exame de colonoscopia, o combate e a prevenção a essa doença fica mais fácil e mais resolutivo, por isso destacamos esse tema nesse mês, que é considerado o mês oficial da conscientização do câncer de intestino, o setembro verde.

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