Novembro Azul e o Câncer de Próstata.

Novembro Azul e o Câncer de Próstata.

No mês de novembro, realizam-se campanhas de conscientização dirigida a sociedade e aos homens sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata. Campanha esta chamada de Novembro Azul.

O câncer de próstata representa hoje o câncer mais comum no homem. No nosso meio, um em cada seis homens são acometidos pela doença. Certamente, ele representa um problema de saúde pública relevante, e o conhecimento desta doença, de comportamento tão heterogêneo, é crucial para definir a melhor forma de manejá-la.

Sete das perguntas mais frequentes sobre esta doença.

1.Qual a incidência do câncer de próstata na população geral, no Brasil?

Dr. Pedro: O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum entre os homens em todo mundo, com uma estimativa de 900.000 casos e 258.000 mortes em 2008. O câncer de próstata só perde para o câncer de pele não melanoma. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de câncer de próstata para este ano de 2014 é de mais de 61.000 novos casos da doença no Brasil.

2. Qual a frequência do câncer de próstata em indivíduos com história familiar presente?

Dr. Pedro: A história familiar é considerada um importante fator de risco de desenvolvimento do câncer de próstata. Na presença de um parente de primeiro grau, o risco aumenta em duas vezes, quando dois ou mais parentes são afetados, o risco pode aumentar de 5 a 11 vezes.

3. Como o rastreamento deve ser feito e a partir de qual idade?

Dr. Pedro: O rastreamento do câncer de próstata deve ser realizado anualmente através do exame de toque retal e pela coleta do PSA. A Sociedade Americana de Oncologia recomenda o início do rastreamento a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos na presença de história familiar.

4. Quando o paciente deve ser submetido à cirurgia – prostatectomia radical – para tratamento do câncer de próstata?

Dr. Pedro: Não há uma idade limite para operar, porem deve-se ter em mente que o grande limitador é outras doenças que o paciente possa ter.

5. Em que momento o paciente se beneficia da radioterapia?

Dr. Pedro: De maneira geral, paciente com mais de 65 anos, volume prostático abaixo de 60cm3, sem sinais de obstrução ou incontinência urinária, com múltiplas comorbidades como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, coronariopatias e coagulopatias são preferencialmente candidatos à radioterapia.

6. E sobre o tratamento hormonioterápico, quando está indicada?

Dr. Pedro: Quando o PSA está acima de 20ng/mL, quando já há extensão da doença para fora da próstata ou Gleason maior ou igual a 8 – na doença localizada.

Em casos de recidiva bioquímica, isto é, quando ocorre apenas a elevação do PSA, sem demostrar doença metastática.

E na abordagem inicial da doença metastática.

7. E sobre a quimioterapia, qual o momento de usá-la?

Dr. Pedro: De acordo com dados disponíveis na literatura, a quimioterapia deve ser indicada no pacientes com câncer de próstata metastáticos refratários a castração com doença sintomática ou naqueles com doença assintomática, porém extensa. A quimioterapia atua principalmente na redução dos níveis do PSA, na redução da dor óssea, aumentando assim a qualidade de vida do paciente.

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