MARÇO É CONSIDERADO O MÊS MUNDIAL PARA A CONSCIENTIZAÇÃO DO CÂNCER DE COLORRETAL (INTESTINO)

MARÇO É CONSIDERADO O MÊS MUNDIAL PARA A CONSCIENTIZAÇÃO DO CÂNCER DE COLORRETAL (INTESTINO)

O que é o Câncer de Colorretal?

O câncer do intestino grosso, chamado também de câncer de cólon e de reto ou colorretal, é uma doença que atinge frequentemente homens e mulheres no mundo ocidental.

Em sua maioria, o câncer colorretal se desenvolve gradativamente sem apresentar qualquer sintoma por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada.

Por esse motivo, a detecção precoce é fundamental. Quanto mais cedo se descobre o câncer, maiores são as chances de cura da doença.

O rastreamento pode detectar o câncer colorretal precocemente, quando ainda a possibilidade de cura é grande. Isso ocorre porque alguns pólipos ou tumores podem ser encontrados e removidos antes de se transformarem em câncer.

O câncer do intestino grosso (câncer colorretal) é um dos tipos com maior incidência em todo o mundo, principalmente nas regiões mais desenvolvidas. No Brasil é o segundo tumor mais incidente em mulheres e o terceiro em homens (exceto os casos de câncer de pele não melanoma). São estimados, no Brasil, cerca de 32.600 novos casos em 2015.

Somente à medida que o tumor progride é que os sintomas tornam-se mais frequentes.

As queixas mais comuns são:

  • alteração do ritmo intestinal;
  • mudanças na frequência e formato das fezes
  • dores abdominais;
  • presença de sangue nas fezes;
  • dor ao evacuar.
  • anemia
  • excesso de gases e distensão ou desconforto abdominal

Entre os fatores de risco que podem predispor ao aparecimento do câncer colorretal, constam dieta rica em gordura e pobre em vegetais, obesidade e sedentarismo, e uma história de câncer colorretal na família (pais, tios, irmãos). Além disso, sabemos que o câncer colorretal ocorre com maior frequência em pacientes mais velhos, pacientes com as chamadas doenças inflamatórias intestinais e pacientes com número elevado de pólipos no intestino.

A prevenção passa por uma dieta rica em fibras, evitar a obesidade e atentar para possíveis sintomas que possam sugerir algum problema no intestino, levando o paciente a procurar uma investigação. Além disso, considerando a idade como grande fator de risco, diversos países preconizam o rastreamento do câncer colorretal através da realização de colonoscopia de rastreamento a partir dos 50 anos, ou ao menos através da pesquisa de sangue oculto nas fezes (recomendado entre outros pelo Ministério da Saúde no Brasil). A detecção de sangue nas fezes deve levar o paciente a procurar investigação adequada com um oncologista clínico, gastroenterologista ou proctologista. Vale ressaltar que a grande maioria dos pacientes que apresentam algum sangramento retal (sangue vivo no papel após evacuação) se deve à presença de hemorroidas, que nada tem a ver com o câncer.

Outros exames também podem ser utilizados, mas a indicação deve ser discutida de maneira individualizada entre médico e paciente.

Na última década, novos medicamentos mais eficazes para matar células tumorais foram descobertos, o que tem melhorado muito a chance de o paciente não mais ter recidiva da doença e ficar, portanto curado. Mesmo quando a doença já é metastática (está fora do intestino, por exemplo, com um nódulo no fígado), a doença ainda pode ser curada, graças a melhores drogas disponíveis e a melhores técnicas cirúrgicas.

 

Prevenir é o néctar de qualquer prática médica. Boa parte da saúde do seu intestino depende de hábitos saudáveis, que são fáceis de serem postos em prática. Portanto, cuidar-se é fundamental, enfatiza a Dra. Maitê.

 

 

Autora: Dra. Maitê de Liz Vassen Schurmann

Oncologista Clínica/Clínica Médica – CRM:11084

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