Dia Mundial do Câncer – 4 de fevereiro
O câncer é uma das doenças mais incidentes no mundo com 18,1 milhões de casos novos e 9,6 milhões de mortes anuais.
Nesse ano de 2018 ocorreram no Brasil 600 mil casos novos de câncer acometendo homens, mulheres, jovens e idosos. Desse total de 600 mil pessoas, tivemos 200 mil óbitos cuja causa de morte foi o câncer.
Sabemos que até 3,7 milhões de vidas poderiam ser salvas anualmente com a implementação de medidas de prevenção, diagnóstico e tratamento. Para se ter uma ideia da importância dessa frase citada, sabemos que a obesidade está a ponto de superar o tabaco como causa principal de mortalidade por câncer evitável. Nos últimos 40 anos, a obesidade nos Estados Unidos duplicou. Também aumentou fortemente em países em desenvolvimento como o nosso. Atualmente, dois bilhões de pessoas no mundo têm sobrepeso ou são obesas.
Sendo assim, nesse mês de fevereiro ligamos um alerta para a disseminação do conhecimento sobre a doença, pois o desconhecimento da gravidade dessa doença faz com que as pessoas não procurem os médicos para fazerem sua consulta clínica anual de rastreamento ou check-up.
Sabemos que se o câncer for diagnosticado em estágio inicial, temos até 90% de chance de cura, por isso a importância de serem feitas consultas de rotina com o seu médico de confiança, mesmo não apresentando nenhuma queixa, dor ou sintoma.
Outra situação que é muito comum, quando o paciente tem um câncer, faz a cirurgia e, muitas vezes, acha que está livre da recidiva ou recorrência do mesmo. Sabemos que todo câncer é maligno e, sendo assim, pode ter um comportamento inesperado e a metástase pode ocorrer a qualquer momento durante a sua vida, por isso a importância ainda maior de ir no seu médico de confiança e fazer consultas mais frequentes com realização de exames de imagem conforme a recomendação do mesmo. É claro que você pode estar curado e tem grandes chances de isso acontecer se diagnosticar e tratar o seu câncer em estágio inicial, mas não podemos subestimar essa doença de caráter agressivo e silenciosa.
Como oncologistas, enfatizamos o quanto os avanços têm aumentado as taxas de sobrevida dos pacientes, sempre à luz da pesquisa científica, e que essas evidências precisam ser difundidas para a sociedade como forma de impedir a propagação de falsas abordagens, nesse cenário que vivemos no mundo atual de mídia social recheada de fake news.
Em meio a esse cenário de evolução, por sua vez, é grande a procura pelas chamadas terapias alternativas. Estudos mostram que até 90 % dos pacientes com câncer adotam ao menos uma abordagem alternativa durante o tratamento, sendo que as mais difundidas são dietas sem evidência científica, uso de ervas medicinais e suplementos. Sempre ser honesto e questionar o seu médico da possibilidade, riscos e benefícios do tratamento alternativo em concomitância com o tratamento tradicional do câncer.
Importantíssimo nessa situação de você ser considerado um sobrevivente do câncer, você deve mudar por completo o seu estilo de vida, afim de fazer a sua parte na diminuição do risco de recidiva. Largar o vício do cigarro, parar de beber bebidas alcoólicas, praticar atividade física regular e adotar uma dieta mais saudável. Não podemos esquecer do suporte emocional, muito importante essa estabilidade do psicológico, evitando uma depressão ou ansiedade que podem ser fatores predisponentes para uma piora ou recidiva da doença que estava em estado silencioso.
Outra situação que temos que trabalhar mais na família do portador do câncer, é tentar conversar mais abertamente sobre essa doença, permitir que o paciente saiba o que está acontecendo com o seu corpo, para que ele possa tomar as decisões mais adequadas sobre o seu tratamento e caminhos que serão percorridos nessa luta.
Unir vozes ao redor do mundo para aumentar a conscientização da sociedade e melhorar a educação sobre o câncer de uma maneira positiva e inspiradora é uma das missões da ANIMI – UNIDADE DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO.