Cinco dicas para manter a saúde da mulher

Cinco dicas para manter a saúde da mulher

Março é um mês em que oficialmente prestigiamos as mulheres. Independentemente da idade, de bebê à idosa, a mulher precisa ter cuidados essenciais com a sua saúde. E, desta forma, garantir também a qualidade de vida. “É de grande importância que as mulheres se mostrem vigilantes sobre a própria saúde, identificando precocemente hábitos nocivos, sintomas físicos e psíquicos e aderindo a hábitos saudáveis”, destaca Dra. Maitê.

Pensando nisso, organizamos cinco dicas para a manutenção da saúde da mulher que se preocupa com longevidade e qualidade de vida: alimentação, exercício, manejo do estresse, prazer e harmonia.

  1. Alimentação. Sabemos que se reduzirmos a quantidade de calorias que ingerimos teremos um aumento na expectativa de vida. A sabedoria popular recomenda: café da manhã de rei, almoço de príncipe e jantar de mendigo. No que diz respeito aos adultos, uma alimentação moderada corresponde a cerca de 2.200 calorias por dia. Um americano consome em média 2.500 calorias por dia, enquanto um francês consome 2.300 e um japonês 1.800. É claro que as calorias não se equivalem: 2.200 calorias de chocolate ou de doces não produzirão os mesmos efeitos que uma quantidade equivalente em carnes, frutas, legumes ou peixe. Beber 2 litros de água por dia, também, facilita e acelera a eliminação de produtos tóxicos, fazendo funcionar rins e bexiga que agem como uma estação de limpeza aberta 24 horas por dia. Outra regra de ouro: “comer colorido”, comer frutas e legumes variados diariamente.
  2. Exercício. Depois da alimentação, a prática regular de esporte e de exercício é um fator determinante para ativar, “desligar” ou “acionar” alguns genes, graças à epigenética. Estudos indicam que um pouco de exercício regular produz um efeito epigenético incontestável, modificando o DNA das células musculares. O esporte é bom para a saúde; ele produz endorfinas, o hormônio do prazer. Qualquer atividade física regular aperfeiçoa a irrigação cerebral e melhora a sensação de bem-estar durante o exercício e após o término dele. Sendo assim, o esporte (em particular a corrida) produz efeitos antidepressivos, fenômeno atribuído ao aumento da taxa de endorfinas no sangue. A prática de pelo menos 30 minutos por dia de esporte, melhora o bem-estar físico, emocional e espiritual.
  3. Administração do estresse. As práticas ancestrais da meditação, ioga e tai chi chuan, podem ter consequências sobre o metabolismo do nosso corpo e sobre certas funções fundamentais, contribuindo, por exemplo, para diminuir a hipertensão ou o risco de doenças cardiovasculares. Um estudo mostrou que a meditação se revelou mais eficaz que a morfina na redução da percepção da dor pela zona somatossensorial do cérebro.
  4. Hormônios do Prazer. São quatro os hormônios, ligados ao prazer, produzidos pelo nosso organismo: endorfinas, dopamina, serotonina e a ocitocina. Secretados em reação a situações particulares, esses hormônios possibilitam a ativação de emoções “positivas”. E é possível estimular cotidianamente sua produção ao adotar determinados comportamentos ou atitudes. A endorfina é o hormônio dos esportistas. Promove um sentimento de calma, ou até mesmo euforia, e tende a reduzir o estresse. A dopamina é secretada em resposta a situações agradáveis – como quando degustamos um prato que apreciamos ou ganhamos um prêmio, dinheiro ou uma competição. Ela cria um sentimento de prazer e estimula a vontade de aceitar desafios. A serotoninaé o regulador do humor. É importante para o tratamento de estados depressivos. Graças a ela, ficamos otimistas e serenos. Praticar exercícios e se entregar à preguiça do Sol – as duas atividades não são incombatíveis! – ajuda o organismo a produzir serotonina. Cada um escolhe o seu método, de acordo com seu temperamento. A ocitocina, enfim, tem um papel central na convivência e nas relações sociais. Secretado durante as carícias, contato amoroso, exposição ao sol, troca de presentes, uma salva de palmas após uma intervenção pública ou a entrevista de um prêmio, esse hormônio dito “social” talvez seja o mais conhecido. Ele reforça o sentimento de confiança em si mesmo e nos outros. Favorece a generosidade e os comportamentos altruístas ou cooperativos.
  5. Estar em harmonia com a rede familiar, profissional e social.As relações harmoniosas e a prática da comunicação não violenta (comunicar-se com o outro sem prejudicá-lo) contribuem com o bem-estar e a felicidade daqueles que nos cercam. Trata-se de transformar os potenciais conflitos em diálogos pacíficos e de desarmar as disputas. Estar cercado de amigos sinceros ou viver uma relação amorosa estável só pode ter efeitos benéficos à saúde. Nossa vida raramente é como um longo rio tranquilo. Todos nós passamos por momentos de alegria e de tristeza. A doença, o luto, as provações pessoais ou profissionais, as frustrações e contrariedades e as crenças são indissociáveis da nossa história, assim como os momentos de felicidade. Para nosso equilíbrio mental e fisiológico, devemos tentar nos proteger o máximo possível de tudo o que pode ter um impacto negativo na expressão de nossos genes.

Tudo é muito claro: o que vivemos influencia nosso estado psíquico e físico.

Nesse mês da mulher, oferecemos essas 5 dicas preciosas para mantermos a nossa saúde física, emocional e espiritual no nosso dia-a-dia e esses hábitos de vida não somente devem ser aplicados na rotina das mulheres, mas sim de toda família.

Concluímos que termos comportamentos mais abertos e generosos em relação aos outros têm efeitos benéficos tanto para aqueles que se beneficiam deles como para aqueles que os promovem. Não há fatalidade: herdamos de nossos pais nosso genoma, mas temos a liberdade de agir sobre nosso epigenoma com o estilo de vida que levamos nessa nossa vida.

“Sim, podemos fazer algo por nós mesmos”. Essa frase coloca em primeiro plano nossa responsabilidade perante o nosso destino e o sentido que podemos dar à nossa vida. Faça com que sua vida seja única, original e saudável, ressalta a Dra. Maitê.

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