Taxa de câncer de ovário foi reduzida com o abandono da terapia hormonal

Taxa de câncer de ovário foi reduzida com o abandono da terapia hormonal

As taxas de câncer de ovário, nos Estados Unidos, começaram a declinar rapidamente depois de 2002, quando muitas mulheres, mais velhas, abandonaram a terapia de reposição hormonal.

Naquele ano, o estudo conhecido como Women’s Health Initiative (WHI) revelou que o estrogênio administrado sozinho, ou em combinação com a progesterona, que é indicado para aliviar os sintomas da menopausa, aumenta o risco de desenvolver câncer de mama, ter um acidente vascular cerebral (AVC) ou um acidente vascular cerebral.

Em um novo estudo de dados do censo dos Estados Unidos, os autores detectaram uma diminuição dessas taxas, em mais de 2 por cento ao ano, desde 2002.

Isso não quer dizer que existe uma relação causal entre o câncer de ovário e os tratamentos hormonais, como comentou, via e-mail, a Dra. Ana Yang, do National Cancer Institute, em Bethesda, Maryland, principal da autora do estudo.

No entanto, Yang disse que a associação é convincente.

“Compreender tais exposições em populações de risco é útil para prevenir o câncer e implementar estratégias de controle, particularmente para os tumores de difícil tratamento, como é o caso do tumor de ovário”, disse Yang.

Com sua equipe, combinou dados relativos a incidência do câncer na América do Norte com os dados do censo, para comparar as variações percentuais anuais de câncer de ovário, nos períodos entre 1995-2002 e 2003-2008.

Foi encontrada uma variação significativa nas pacientes com idade superior a 50 anos, mas não naquelas mais jovens, de acordo com o artigo publicado no Journal of Clinical Oncology.

As novas descobertas vêm após o aparecimento de estudos sobre os riscos de suspender a terapia hormonal quando persistirem os sintomas da menopausa.

“O estudo não fornece informações definitivas de que (a terapia hormonal) acelere ou promova o crescimento do câncer de ovário, mas fornece mais uma razão para as mulheres tomarem precauções em relação a decisão de utilizar ou não a terapia”, disse por e-mail Dr. D. Lawrence Wickerham, co-diretor de um projeto de pesquisa oncológica em Pittsburgh, financiado pelos Institutos de Saúde dos Estados Unidos.

Referências:

Journal of Clinical Oncology, 06 de maio de 2013

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