Março Marinho – Conscientização do câncer de colorretal
No Brasil mensalmente, é utilizado cores para representar e destacar campanhas de conscientização no combate de diversas doenças. Sabemos que, quanto mais alerta, mais a população estará atenta com sua saúde.
Azul-marinho também é cor de identificação para o mês de março, como de conscientização ao câncer colorretal. Cada dia mais comum e bastante agressivo quando diagnosticado tardiamente, o câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, e atualmente, é um tipo de tumor com enorme ocorrência no Brasil. São mais de 40 mil casos por ano.
O câncer de intestino ou colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon, no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e no ânus. É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos.
Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos. Os pólipos são adenomas e, portanto, lesões benignas, que crescem na parede do cólon e, quando associados a modos de vida não saudáveis e predisposição genética podem, com o passar do tempo, transformar-se em câncer.
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras).
O consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) também aumentam o risco para este tipo de câncer.
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino. Uma alimentação saudável é composta, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal. Manter o peso dentro dos limites da normalidade e fazer atividade física, movimentando-se diariamente ou na maior parte da semana, são fatores importantes para a prevenção deste tipo de câncer.
Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados); dor ou desconforto abdominal; fraqueza e anemia; perda de peso sem causa aparente; alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas); massa (tumoração) abdominal.
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico especialista, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
Além do diagnóstico precoce, a Organização Mundial da Saúde preconiza que os países com condições de garantir a confirmação diagnóstica, referência e tratamento, realizem o rastreamento do câncer do colon e reto em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto de fezes. Os casos positivos neste exame deverão fazer uma colonoscopia ou retossigmoidoscopia, onde o médico visualizará a parte interna do intestino buscando o câncer ou pólipos que possam vir a se transformar em câncer.
A Dra. Maitê ressalta que quanto mais precoce o tratamento, menor será a agressividade e o tempo de tratamento, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente.